Comer para Emagrecer ou Meu Corpo Professor

Passei alguns dias sem escrever por correria de tempo e de trabalho, o que por um lado foi bom, porque me permitiu viver uma determinada experiência que agora compartilho aqui: é preciso comer para emagrecer. Essa idéia parecer ir na contramão de tudo o que temos aprendido: é preciso fechar a boca para emagrecer, o melhor SPA é o SPAradrapo, etc., etc. Entre afirmações e gracinhas, tudo se resume à mesma coisa, à mesma crença equivocada de que "comer engorda". Mas o que engorda é a maneira pela qual a gente come.

Assim, aprendi na prática que engorda diminuir muito e bruscamente a ingestão de alimentos durante um processo de emagrecimento. Aconteceu comigo que, em duas semanas (nem foi de propósito!) em que diminuí sensivelmente a quantidade de comida e de refeições por dia, por correrias de trabalho, reengordei 1kg e meio! Fiquei com cara de boba ao subir na balança. Como era possível? Ainda por cima os intestinos resolveram não colaborar, prendendo um pouco. Recebi a explicação da minha nutricionista, que repasso:

"O nosso organismo precisa de energia para manter os órgão vitais funcionando, por isso quando abastecemos com alimentos ele fica mais funcional. Uma das funções é a queima de calorias e nosso organismo precisa de energia para degradar a gordura, por isso quanto mais comemos mais nosso organismo funciona melhor e conseqüentemente emagrecemos mais."

Huuuum, fazia sentido. Em seguida, li o seguinte artigo, que transcrevo:

COMER MENOS NEM SEMPRE LEVA AO EMAGRECIMENTO

Nem sempre comer menos é emagrecer, às vezes a restrição alimentar é tão exagerada que a gordura corporal não pode ser utilizada, isso porque nosso corpo percebe quando a ingestão alimentar cai rapidamente e tende a manter os estoques de energia, a gordura.

O ideal é que você identifique seu gasto calórico do dia e diminua de 300 a 800 kcal/dia, desta forma você vai perder peso “queimando” gordura e não massa muscular.

Muito importante são os horários das refeições, não quanto a hora do dia, porque isso é mito, comer de noite não engorda, é a quantidade que conta, toda vez que você come mais de 400kcal seu corpo pode conseguir armazenar alguma coisa.

Então o melhor é comer 6 vezes (ou mais) por dia em pequenas quantidades, totalizando as calorias da sua dieta, por exemplo se você vai consumir 2.400kcal por dia, coma 6 vezes de 400kcal por vez. Isso vai induzir o aumento do metabolismo basal, ajudando na perda de peso.

O resultado é muito bom com a maioria das pessoas, mas pode não funcionar tão bem em caso de problemas hormonais (hipotiroidismo, por exemplo). Em pessoas com alto gasto calórico (atletas podem chegar a gastar 10.000kcal por dia) a dieta tem que ser mais específica.

Dê preferência a alimentos que rendam algum valor nutricional, proteínas (carnes, leite, ovos, feijão, lentilha, soja) para preservar a musculatura, e reguladores (frutas e verduras) para não ficar sem as vitaminas essenciais.

Talita de Oliveira - Jornalista

Fonte: Emagrecendo.com.br

Fiz o "dever de casa" razoavelmente bem (ainda tenho problema em distribuir a pontuação, sobretudo nos lanches, que tendo a pular, não só por falta de hábito, mas por coincidirem muitas vezes com situações em que não posso comer: durante uma reunião, por exemplo), aumentando as quantidades de alimentos e pagando pra ver. Fui recompensada: a balança acusou, em uma semana, o reemagrecimento de 1,100 kg, sem fome nenhuma, pelo contrário, às vezes comendo até "por obrigação" em determinado horário, para não ficar um longo tempo sem alimentos.

Hoje fui almoçar fora com uma amiga e caprichei nas verduras (que, felizmente, ADORO) e um pedaço médio de peixe. Como ia ficar "devendo" muitos pontos para aquela refeição, permiti a mim mesma o luxinho de um sorvete de açaí com tapioca, com a consciência bem leve, sabendo que isso em nada atrapalharia meu processo de emagrecimento.

Bom, vamos em frente! Aos poucos, meu corpo vai me ensinando como tratar dele com carinho e equilíbrio.